domingo, 31 de maio de 2015

Task-oriented training - Treino de tarefas orientadas.

Prezados Colegas e alunos

Espero que estejam bem e com saúde!

A minha postagem hoje será sobre Task-oriented training -  Treino de tarefas orientadas.

A Task-oriented training é uma intervenção promissora para a recuperação motora e tem sido descrita em vários trabalhos com resultados que necessitam ser considerados na nossa prática fisioterapêutica.

A técnica é uma estratégia de reabilitação para melhorar a habilidade motora através do desempenho/treinamento de uma tarefa funcional como alcançar, agarrar, levantar, sentar repetidas vezes durante uma sessão de fisioterapia.

A técnica envolve o movimento do corpo e seus segmentos no espaço e no tempo e, portanto é necessária a adaptação espaço-temporal do paciente ao meio ambiente. A interação com o ambiente é importante para capacitar o paciente e para que a terapia não seja apenas uma execução de exercícios sem propósito ou objetivo funcional.

Determinar se esta técnica é eficaz tem sido o objetivo de muitos autores e isto depende, em parte, da compreensão da quantidade necessária para melhorar o desempenho  funcional.

A dosagem não é um termo muito utilizado na prescrição de exercícios em neurologia, embora vem sendo considerado em pesquisa e também em ambientes clínicos.

A frequência e a duração de uma intervenção podem e devem ser quantificadas quando da sua execução tanto no ambiente clínico como na casa do paciente. A intensidade que consiste na concentração do ingrediente ativo do exercício durante o tempo da tarefa é um conceito também pouco discutido, no entanto é de fundamental importância no resultado final da terapêutica. 

As fotos a seguir mostram o treinamento de atividades funcionais com uma criança com sequelas de paralisia cerebral. 

A figura 1 demonstra o movimento da bola ou do rolo com os membros inferiores - a extensão e a flexão dos joelhos e quadris com os pés apoiados na bola. A seguir com a perna apoiada no rolo fazer a ponte e com o pé apoiado no mesmo rolo fazer a flexão e extensão do joelho (figura 1). A bola e o rolo podem servir de facilitadores do movimento e também quando impedidos de se moverem tornam-se resistência.



Na figura 2, a criança senta na bola e os pés são colocados sobre o joelho alternadamente e a seguir as mãos são levantadas. O terapeuta pode auxiliar os movimentos para que haja melhor desempenho e o paciente se sinta mais feliz com a atividade.



Na figura 3, a criança sentada na bola flete a coluna e apoia as mãos no chão. O movimento pode dar insegurança e precisa ser progressivo e encorajado.



Na figura 4, a criança esta treinando sentar e ficar em pé. Observa-se que o terapeuta precisa facilitar a extensão do joelho. As mãos da criança estão no ombro do terapeuta para dar segurança e estabilidade no tronco.



Os Task-oriented training apresentados são realizados várias vezes durante uma sessão (exemplo 10 vezes). Quando a manobra não é totalmente realizável na sua totalidade, o terapeuta deve facilitar a função. Quando a função não é realizável o terapeuta deve eleger uma outra manobra ou mudar a terapêutica.


A pérola fisioterapêutica desta postagem norteia-se em:

A Task-oriented training é uma abordagem fisioterapêutica importante para melhorar a habilidade motora da repetição de uma tarefa funcional.

Por hoje é isto!
Espero que você possa pensar neste assunto, utilizar em seus pacientes e fazer suas considerações deixando um comentário e compartilhando este post.

Um abraço fisioterapêutico.




Sugestão de leitura: