Prezados Colegas e alunos
Espero que estejam bem e com saúde!
A minha postagem hoje será sobre Task-oriented training -
Treino de tarefas orientadas.
A Task-oriented training
é uma intervenção promissora para a recuperação motora e tem sido descrita em
vários trabalhos com resultados que necessitam ser considerados na nossa prática
fisioterapêutica.
A técnica é uma estratégia de reabilitação para melhorar a
habilidade motora através do desempenho/treinamento de uma tarefa funcional
como alcançar, agarrar, levantar, sentar repetidas vezes durante uma sessão de fisioterapia.
A técnica envolve o movimento do corpo e seus segmentos no espaço e no tempo e,
portanto é necessária a adaptação espaço-temporal do paciente ao meio ambiente.
A interação com o ambiente é importante para capacitar o paciente e para que a
terapia não seja apenas uma execução de exercícios sem propósito ou objetivo
funcional.
Determinar se esta técnica é eficaz tem sido o objetivo de muitos autores e isto depende, em parte, da compreensão da quantidade
necessária para melhorar o desempenho funcional.
A dosagem não é um termo muito utilizado na prescrição de exercícios
em neurologia, embora vem sendo considerado em pesquisa e também em ambientes clínicos.
A frequência e a duração de uma intervenção podem e devem ser
quantificadas quando da sua execução tanto no ambiente clínico como na casa do
paciente. A intensidade que consiste na concentração do ingrediente ativo do
exercício durante o tempo da tarefa é um conceito também pouco discutido, no
entanto é de fundamental importância no resultado final da terapêutica.
As fotos a seguir mostram o treinamento de atividades funcionais com uma
criança com sequelas de paralisia cerebral.
A figura 1 demonstra o movimento da
bola ou do rolo com os membros inferiores - a extensão e a flexão dos joelhos e
quadris com os pés apoiados na bola. A seguir com a perna apoiada no rolo fazer
a ponte e com o pé apoiado no mesmo rolo fazer a flexão e extensão do joelho
(figura 1). A bola e o rolo podem servir de facilitadores do movimento e também
quando impedidos de se moverem tornam-se resistência.
Na figura 2, a criança senta na bola e os pés são colocados
sobre o joelho alternadamente e a seguir as mãos são levantadas. O terapeuta
pode auxiliar os movimentos para que haja melhor desempenho e o paciente se
sinta mais feliz com a atividade.
Na figura 3, a criança sentada na bola flete a coluna e apoia as
mãos no chão. O movimento pode dar insegurança e precisa ser progressivo e
encorajado.
Na figura 4, a criança esta treinando sentar e ficar em pé.
Observa-se que o terapeuta precisa facilitar a extensão do joelho. As mãos da
criança estão no ombro do terapeuta para dar segurança e estabilidade no
tronco.
Os Task-oriented training
apresentados são realizados várias vezes durante uma sessão (exemplo 10 vezes). Quando a manobra não é totalmente realizável na sua
totalidade, o terapeuta deve facilitar a função. Quando a função não é
realizável o terapeuta deve eleger uma outra manobra ou mudar a terapêutica.
A pérola fisioterapêutica desta postagem norteia-se em:
A Task-oriented training é uma abordagem fisioterapêutica
importante para melhorar a habilidade motora da repetição de uma tarefa
funcional.
Por hoje é isto!
Espero que você possa pensar neste assunto, utilizar em seus
pacientes e fazer suas considerações deixando um comentário e compartilhando
este post.
Um abraço fisioterapêutico.
Sugestão de leitura:
Nenhum comentário:
Postar um comentário